TOMÁS, AWERE
Um velho Índio, do coração
de um Brasil em disputa,
saudou um espírito que
protege seu povo, sua terra
Ele não fez pedidos
apenas reverenciou a luz
que passarinhava naquela noite
A noite é escura,
mas dela se vê o clarão de
um novo dia
O Índio não tem sossego
Seus territórios estão ameaçados
Ele sabe que as forças da morte
querem sua essência, o chão do seu povo
Mas sabe que uma vida,
unida a outras tantas,
enfrentou perigos nas tensas noites
pela vida dos povos da terra
E mesmo que o corpo se vá,
uma vida assim não cessa
Continua assoprando pistas
ajuntando irmãs e irmãos
ensinando a lida
pela libertação da gente
Tomás, Awere.
José Gomes Neto
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