Em nossa aldeia não há mais o que esconder. Não há mais disfarce, A cortina se rasgou na tarde quente e sombria, e tudo que agonizava quietamente explodiu em dor, em grito. A dor e o grito consequentes um do doutro, foram trovões que calaram fundo a todos nós. Nós que disfarçamos o que todos sabem. E todos os que sabem também ocultam aquilo que nós conhecemos. É uma grande farsa. Se ao menos não se pautassem na construção de estórias adulteradas para equilibrar suas escolhas comodas...
Mas agora não há mais mácula, A fumaça dos dedos apontados trocou fogo com o vento seco das revelações. O que era sustentáculo das aparências não passa de ruínas. Pois agora somos o que somos.
O que negamos, o que evidenciamos, o que queremos, o que fazemos. Quando podemos, oquanto podemos... Está nú...
Somos o que somos!
Mesmo que amargue, é assim que deve ser. Para ser tribo, para ser comunidade, para ser família, há que ser o que se é, e carregar consigo o pouco que isso representa, pois só assim se consegue juntar os poucos de cada um para ser a grandeza coletiva. O muito que não se é e que se carrega, pesa demais para sermos mais que só um.
netoPúblico
um pouco mais de tudo.
quarta-feira, 12 de abril de 2017
quarta-feira, 5 de abril de 2017
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Plantador
Planta sementes e sonhos
Na terra dos teus dias
Nos dias em que foi
remechida de vida
o chão de tua gente
Cuida como se seu corpo fosse
Porque é parte deste
organismo comunitário
A colheita será generosa
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
Feliz Vida
Dizem que a felicidade permanente não existe. Se alguém sente algo próximo disso, está na verdade em estado de anestesia ou de pura ignorância.Concordo.
A felicidade se manifesta em alguns momentos de nossa vida. Poucos. Somos, em geral, marcados dolorosamente pela rotina, pelas perdas e derrotas (é diferente) e pelas frustrações e indignações que dia a dia preenchem nossa existência. Quem não reconhece este fardo humano não esta vivendo a realidade. Quem nega está sina está doente.
A felicidade nos alivia de maneira surpreendente dessas tristezas. Nos renova. É como quando eu como ambrosia, é raro, mas é a cada vez deliciosamente novo.
A felicidade nos alivia de maneira surpreendente dessas tristezas. Nos renova. É como quando eu como ambrosia, é raro, mas é a cada vez deliciosamente novo.
O poeta já disse: "A felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar. Voa tão leve, mas tem a vida breve." É assim, leve e breve que a felicidade sopra na nossa cara.
Então porque desejamos "muita felicidade", "que seja feliz pra sempre" etc. Pois na verdade queremos que as pessoas tenham as boas sensações pra poder seguir a vida. Estes momentos são (ou devem ser) marcantes, porque nos fazem muito bem, nos revigoram. Acredito que a ausência destes picos de felicidade seja um sintoma da depressão, tão comum nestes tempos modernos.
Eu costumo desejar aos meus uma feliz vida. É uma maneira de desejar que, no balanço dessa existência, mas nas disputas diárias, a felicidade seja o quanto for necessária para a vida valer a pena. Que haja momentos felizes o bastante para que a vida seja entendida como feliz.
Feliz Vida pra nós.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Dom Arns: a esperança não morre
Muito além da religião, a fé
Mais que um bispo, o irmão
Palavras de coragem profética
Em voz suave, que a ditadura não calou
Ação pastoral concreta
Nas periferias da metrópole desigual
Defesa intransigente dos Direitos Humanos
Brasileiros, Latinoamericanos
Entre opressões violentas no corpo e na alma
Desistir jamais! Com Deus e o povo, esses dois que são um só.
De esperança em esperança
Viveu dom Paulo Evaristo Arns
Que agora é eterno
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
A fé em Antonio
Pode parecer fora do tempo, mas não é. Ainda é tempo. Ainda é possível. Acreditarei sempre.
"Nas tuas pegadas claras
trilho o meu destino"
"A luz desceu do céu, clareando o encanto"
"Nas tuas pegadas claras
trilho o meu destino"
"A luz desceu do céu, clareando o encanto"
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